20 de julho de 2009

América Latina é a região com maior consciência ecológica do mundo

Ao contrario do que muita gente pensa, os maiores índices de felicidade e de eficiência ecológica não estão nos países desenvolvidos. Segundo constatação do “Relatório Planeta Feliz", elaborado pela organização The New Economics Foundation, os países latino-americanos são que tem a população mais feliz e com maior consciência ecológica do mundo. Dos 143 países pesquisados, que representam 99% da população mundial, oito países latino-americanos estão entre os 10 primeiros do ranking.
O índice utiliza três critérios para realizar a classificação: a expectativa de vida, a satisfação dos cidadãos de cada país e sua "pegada ecológica". Nas últimas quatro décadas, os dois primeiros quesitos melhoraram em 15%, mas, em contra partida, o volume de carbono que cada habitante do planeta emite aumentou 72%.

Levando esses critérios em consideração, os países que lideram o ranking são: Costa Rica, seus cidadãos expressam um índice de satisfação vital de 8,5 pontos sobre 10, têm a segunda taxa de expectativa de vida mais alta do mundo, depois do Canadá, com 78,5 anos, e estão muito perto de alcançar o equilíbrio entre o que consomem e os recursos naturais. Além disso, 99% da energia produzida no país vem de fontes renováveis. Logo depois vem a República Dominicana e, entre as dez mais ainda estão presentes, a Guatemala, Colômbia, Cuba, El Salvador, Brasil e Honduras

Os países latino-americanos e os do sudeste asiático são os que consomem mais moderadamente, enquanto os mais desenvolvidos, que costumam ser considerados exemplos de bem-estar econômico ficaram abaixo do posto 40. A Holanda, por exemplo, está na 43ª posição, a Alemanha 51ª, Itália 69ª, França 71ª, Reino Unido 74ª, Japão 75ª, Espanha 76ª, Canadá 89ª, Rússia 108ª e Estados Unidos 114ª.

Este índice, explica Nic Marcs, membro do "New Economics Foundation”, deve servir como "um guia de eficiência" para mudar o conceito dos países poderosos sobre o que realmente é melhorar às condições de vida dos cidadãos e sobre as consequências das mudanças climáticas, derivadas de um "modelo econômico insustentável".

Membros da "New Economics Foundation” disseram ainda que, os governantes dos países mais ricos devem deixar de vincular a felicidade com os números econômicos, sem levar em conta o custo ambiental. Além disso, "devem concentrar-se no que importa: o bem-estar, em uma vida longa, feliz e que faça sentido".