21 de maio de 2010

Proteger as baleias ajuda no combate ao efeito estufa

Quando a caça às baleias deixar de existir, não estaremos apenas respeitando o direito de vida desses animais, mas também ajudando a manter viva a nossa própria espécie. Isso é o que mostra um estudo da Universidade de Maine (EUA). De acordo com os cientístas, em um período de 100 anos, 100 milhões de toneladas de gás carbônico foram liberados para atmosfera em virtude da matanças aos cetáceos.
 

Todas os animais, inclusive nós homens, armazenamos carbono em nossos corpos. O problema - ou esse nem seria o problema - é que as baleias são seres enormes. Então, quando morrem, todo o gás que estava armazenado nesse corpo enorme vai para a atmosfera. Claro que isso não aconteceria se elas morressem de causas naturais. Porque aí, seus corpos iriam afundar e todo o gás que trazem iria junto para fundo do oceano. Do mesmo jeito que lutamos para que não se derrubem árvores, deveríamos lutar para que não matassem as baleias.


De acordo com os pesquisadores, esses 100 milhões de toneladas de gás carbônico que elas liberaram em um século, corresponde à queima de 130 mil quilômetros quadrados de florestas temperadas. Essa quantidade pode ser pequena em comparação aos bilhões de toneladas de CO2 que as atividades humanas liberam. Mas evitá-las não envolve apenas lutar contra o efeito estufa. Significa respeitar o direito que uma espécie tem de viver. 

Os cientistas da Universidade sugerem que seja aplicado a baleias - do mesmo modo que já existe com as florestas - um sistema de créditos de carbono. Isso funcionaria como um incentivo para reduzir a pesca ou promover a conservação de algumas espécies - não só de cetáceos, mas de outros animais marinhos como tubarões brancos e atum.

Fonte: G1.com