11 de janeiro de 2010

Número do intoxização alimentar é maior em casa do que na rua

Um levantamento da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo mostrou que 27% dos casos de intoxicação alimentar, registrados entre 1998 e 2008, foram gerados por ingestão de alimentos preparados nas residências.
O fato chamou a atenção do órgão, pois o número de intoxicações ocorridas nas casas supera as provocadas por alimentos ingeridos em estabelecimentos comerciais ligados à área de alimentação como restaurantes, bares e padarias, que respondem por 24% do total.
Creches, escolas, asilos e outros locais representaram 39% das intoxicações alimentares. Em 10% dos casos não houve registros do local de contaminação.
A Secretaria computou 76,8 mil casos de doenças transmitidas por água e alimentos (DTA), durante estes 10 anos. A grande maioria deles – 72,5 mil – são casos de diarreia aguda causada por bactéria, principalmente a Salmonella, responsável por 7 mil deles. Entre os casos de diarréia aguda causada por Salmonella, segundo o estudo, 35% estão relacionados ao consumo de ovos crus ou mal cozidos e a alimentos preparados a base de ovos, como maionese. Outros 16% foram causados por bolos e doces, 11% pelo consumo de tortas, salgados e lanches, e 9% pela ingestão de carnes e aves. “O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações, que além de diarréia, podem causar outros sintomas como vômito, cólicas, febre e, em alguns casos, distúrbios alérgicos, neurológicos e até morte”, explica Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria. Em novembro de 2009, o Ministério da Saúde revelou dados epidemiológicos que mostravam que 45% das intoxicações alimentares são originadas por alimentos preparados em casa. O manuseio incorreto e a conservação inadequada de alimentos foram destacados como sendo as principais formas de contaminação.

A intoxicação alimentar é, segundo o Ministério, responsável por mais ou menos 670 surtos, com 13 mil doentes todo ano.

Algumas dicas para evitar intoxicação alimentar:
  • Lavar periodicamente a geladeira, o freezer e o microondas;
  • As prateleiras da geladeira não devem ser cobertas por panos ou toalhas, pois assim impedem que o ar frio circule;
  • Verificar se as borrachas presentes nas portas da geladeira estão em boas condições, pois são elas que garantem o isolamento térmico;
  • Nunca utilizar alimentos após a data de validade;
  • Observar as condições especiais de cada alimento e suas recomendações.
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde de SP; ANVISA; SaúdeVidaOnline