28 de dezembro de 2009

E se os principais causadores das mudanças climáticas forem bois, porcos e galinhas?

Esta é a frase que abre o estudo "Livestock and Climate Change: What if the key actors in climate change are...cows, pigs, and chickens?", do World Watch Institute (WWI), de Washington, nos Estados Unidos. (leia na íntegra). A pesquisa mostra que a pecuária seria responsável por pelo menos 51% das emissões dos gases-estufa no mundo, ou 32,5 bilhões de toneladas. A estimativa está muito acima dos números apresentados pela Organização para Agricultura e Alimentação (Fao/Onu), que diz que a pecuária contribui com 18% para o aquecimento global.
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Área devastada no Pará, região Norte do Brasil, para prática da pecuária. (Foto: Valter Campanato/ABr)

O número do WWI parece se relacionar mais com os dados de uma pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). Segunda ela, pelo menos metade das emissões brasileiras de gases do efeito estufa é causada pela pecuária bovina. Esta atividade foi responsável pela emissão de 813 milhões de toneladas de CO2 só no último ano.

A maior parte do problema se deve ao desmatamento para abrir pastagens na Amazônia e no Cerrado. Estimativas de 2003 a 2008, do Inpe, mostram que a pecuária é responsável em média por 75% do desmate na Amazônia e 56% no Cerrado.

Contudo, existem outros fatores provenientes da pecuária que contribui ao almento da temperatura na terra: A fermentação intestinal do gado, que gera importantes quantidades de metano (um dos gases de maior efeito sobre o aquecimento global), as queimadas nas áreas de pastagem e a criação de peixes e a pesca destinada à alimentação dos rebanhos.

Segundo os autores do estudo da World Watch Institute, Robert Goodland e Jeff Anhang, a melhor estratégia na luta climática seria substituir produtos derivados de animais por análogos vegetais. Eles recomendam um esforço direcionado ao setor industrial para a oferta de "produtos análogos a carnes e laticínios" processados, como soja e diversos tipos de legumes e grãos. Estes, quando processados, ficariam similares aos originados da pecuária. Apenas mudar o modo de produção ou tipo de carnes ou laticínios não teria uma redução significativa de seu impacto, avaliam. Mesmo com esses dados, as ações mundias para redução dos gases de efeito estufa não atingem especificamente a pecuária. O plano brasileiro, por exemplo, apresentado na conferência do clima de Copenhague, apóia-se majoritariamente na coibição do desmatamento, sem discriminar quem está desmatando, e prevê ações no setor agrícola. Fonte: Folhaonline

21 de dezembro de 2009

Cúpula do clima acaba em acordo de fachada

Entre os dias 8 e 19 de dezembro, 193 países estiveram reunidos na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (Cop-15) em Copenhange, Dinamarca. Este tinha tudo para ser o encontro mais imporante do século, já que o futuro da humanidade estava nas mãos dos políticos presentes. Porém, foi um fracasso. O objetivo central da Cúpula, que era estabelecer normas legais que definisse metas de corte nas emissões de gases-estufa, não foi cumprido.
Os cientistas recomendam que as emissões dos países ricos sejam de -25% a -40% em 2020, em relação a 2005. E, a longo prazo, o objetivo para todo o planeta é de -50% em 2050. Como as nações presentes não correspoderem as expectativas do planeta, críticas não param de surgir quanto ao desfecho do encontro. Muitos jornais afirmaram que a conferência foi uma decepção e que no final um texto foi costurado às pressas para salvar a honra dos organizadores. A conferência mostrou que as "potências deste mundo são incapazes de tomar decisões claras e voluntárias, que não conseguiram obter mais que um acordo de questões mínimas que apenas salva as aparências", criticou o francês Libération.
Há quem diga que a culpa do fiasco tenha sido da Onu (Organização das Nações Unidas). "O resultado incompleto de Copenhague demonstra uma fraqueza inerente do processo de negociação sobre o meio ambiente da Onu. Precisamos começar a buscar outras opções, ou pelo menos começar a usar alguns fóruns alternativos, como o G20 e o Fórum das Maiores Economias", disse Andrew Light, coordenador de política internacional de clima no Centro para o Progresso Americano.

À esq., líderes da África do Sul, Brasil e EUA; à dir., premiê chinês ao lado de primeiro-ministro indiano

No entanto, as nações asiáticas, entre elas a China e a Indonésia, dois dos três maiores poluidores do planeta, ao lado dos Estados Unidos, mencionaram "resultados positivos" e afirmaram que o acordo responde à maior parte de suas preocupações.
No final, a única coisa que o encontro conseguiu foi criar um documento de cumprimento opcional segundo o qual o aquecimento global não deverá ultrapassar 2ºC e os países mais desenvolvidos contribuirão com um fundo anual de 100 bilhões, até 2020, para auxiliar os mais pobres a lutar contra as mudanças climáticas. Houve também o consenso dos países fornecerem informações sobre a implementação de suas ações.

Um dos últimos esboços de acordo em Copenhague

O acordo será colocado em vigor "imediatamente", conforme o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, porém o fato de cinco países terem votado contra (Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágu e Sudão) tornou seu cumprimento não obrigatório.

Pelas regras da Organização, um acordo precisa de unanimidade para vigorar. Neste caso, no entanto, essa unanimidade exigia a conciliação de interesses de países exportadores de petróleo com os de ilhas tropicais preocupadas com as elevações do nível do mar, o que, afinal, se mostrou impossível.
Brasil
O Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Carlos Minc, em entrevista à Globonews, disse que o mundo perdeu uma grande oportunidade com o fracasso da cúpula. Mas, também ressaltou que ocorreram vários avanços antes da reunião que, se efetivados, ainda podem ter efeito positivo sobre as mudanças climáticas. "O que foi posto na mesa não vai ser tirado. [...] Nós, no Brasil, a partir de segunda, vamos nos reunir com empresários, fazer cronogramas", afirmou o ministro no sentido de cumprir a meta de cortar as emissões de CO2 no Brasil de 36% a 39% do volume para 2020.
O preseidente Lula teve um papel importante durante a Conferência. Ele participou intensamente das negociações em Copenhague, realizando encontros com diversos presidentes e primeiros-ministros para tentar salvar um acordo. Porém, ao ver que não chegaram a um melhor resultado, o Brasil e outras nações que formam o chamado Basic - África do Sul, Índia e China - apoiaram o acordo final. "Eu adoraria sair daqui com o documento mais perfeito do mundo assinado. Mas se não tivemos condições de fazer até agora eu não sei se algum anjo ou algum sábio descerá neste plenário e irá colocar na nossa cabeça a inteligência que nos faltou até agora. Não sei."

Veja as metas propostas por alguns países em Copenhague: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/18/ult4476u44.jhtm

Diante do inevitável fiasco de Copenhague, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, convocou uma nova reunião para Bonn, na Alemanha, em junho. As decisões que se esperavam neste encontro, porém, foram adiadas para a próxima Cop, que está marcada para dezembro de 2010 no México.

Considerado um dos maiores especialistas em clima do Brasil, o cientista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), faz sua avaliação do encontro, em entrevista ao Globo: "Estão todos jogando o problema para a frente, adiaram a tomada de decisões. Um acordo com valor legal seria importante para que todos assumissem sua responsabilidade, mas, agora, o que pode acontecer é todo mundo colocar o pé no freio. Existe o risco de cada um fazer o que quer e, mais à frente, quando os impactos mais graves das mudanças climáticas começarem a aparecer, terem que começar a fazer algo. Mas pode ser tarde demais".

O que mudou desde a primeira grande conferência sobre o clima? Descubra, clicando no link: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/especial/2009/conferencia-clima/ultimas-noticias/2009/12/18/o-que-mudou-desde-a-primeira-grande-conferencia-sobre-o-clima.jhtm

Fontes: FolhaOnline, Globo, Online, UolCiência

30 de novembro de 2009

Esperança no tratamento de Alzheimer

O Alzheimer é a principal causa de demencia em pessoas com mais de 60 anos. A doença atinge 20 milhoes de pessoas no mundo, destes, cerca de um milhão são brasileiros. Inicialmente a pessoa sofre esquecendo informações recentes. Transmitir um simples recado se torna uma tarefa muito difícil. Com o tempo, esses pequenos lapsos de memória, que podem passar desapercebidos, se agravam. Chegando ao ponto da pessoa esquecer o caminho da própria casa.

Em um período que leva em média dez anos, a pessoa esquece nomes e datas, antes familiares. Passa a sofrer com depressãoe agressividade. Até que o problema destrói várias partes do cérebro, levando à morte.

Para tentar entender melhor quais são os mecanismos que levam ao desenvolvimento do Alzheimer, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vem realizando, já há cinco anos, uma série de estudos. Uma das hipóteses levantadas pelos ciêntistas é de que a doença seria um tipo de Diabetes, o tipo 3, que afetaria somente o cérebro. Esta hipótese surgiu quando eles introduziram Insulina (combinada com Resiglitazona) no tratamento da doença, e obervaram que o hormônio auxilia na obtenção de energia para o funcionamento do cérebo. Além de desempenhar um papel importante também na formação da memória.

Tabela com os sintomas da doença
"Atualmente, esses pacientes contam com apenas dois tipos de medicamentos - os inibidores de acetilcolinerastase e a memantina - para tratamento. Mas nenhum dos dois ofecere resultados efetivos. Com a nossa pesquisa, abre-se uma grande porta para o desenvolvimentos de novos medicamentos, com possibilidade de alterar o curso da doença. As perspectivas são bastante promissoras", explica a bióloga e neurocientista, Fernanda de Felice.
O processo de aprendizagem de uma pessoa depende da formação de novas sinapses, isto é, da comunicação entre os neurônios. A perda de memória e outras funções cognitivas nos pacientes com Alzheimer está relecionada à deficiência de diversos neurotransmissores, moléculas que atuam na condução dos estímulos nervosos transmitidos de um neurônio para outro, e de receptores neuronais ( NMDA e o AMPA). O que os cientistas virificaram é que a Insulina ajuda a bloquear a perda desses receptores.
A doutora Farnanda ressalta porém, que os doentes de Alzheimer não devem recorrer já à Insulina como medicamento, já que é preciso fazer mais testes para provar a eficácia dele.
A também pesquisadora da UFRJ, Andréa Deslantes, explica que entre os fatores não medicamentosos apontados pela literatura que podem contribuir para a prevenção da doença, estão uma alimentação balanceada aliada à prática de exercícios regulares e ao controle do estresse. "Além disso, os idosos devem manter atividades que estimulam a mente, como ler, aprender um isntrumento, fazer palavras cruzadas, um curso de informática e mantar sempre o convívio social", Conclui Andréa.
Revista Rio Pesquisa nº8 (Faperj) www.folhadafamilia.com

16 de novembro de 2009

Estudo mostra que a cobertura de ciência é deficiente no Brasil

A cobertura de ciência, tecnologia e inovação na imprensa brasileira foi tema de um estudo da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Os resultados dessa pesquisa foram apresentados no mês passado em Belo Horizonte, durante um workshop com a participação de jornalistas e gestores dessa área.
A partir da análise de notícias publicadas sobre esse tema em 62 jornais ao longo de dois anos, os pesquisadores conseguiram traçar um diagnóstico de como a mídia brasileira cobre ciência e apontar as principais deficiências dessa cobertura e os desafios para aprimorá-la.
Os resultados mostram que as ciências da saúde são a área com maior visibilidade, aparecendo com 28% das notícias analisadas. Depois vem as ciências biológicas (21%) e ciências exatas e da terra (18%). As ciências humanas e sociais aplicadas são as que tiveram menos espaço – juntas, elas respondem por menos de 18% dos textos. A falta de contextualização das notícias é principal problema do jornalismo de ciência. Segundo o relatório, cerca de 86% das notícias avaliadas apresentaram poucos ou nenhum elemento de contextualização que permitisse colocar o fato noticiado em perspectiva. Outra debilidade encontrada é a consulta às fontes. Mais da metade dos textos analisados (55%) foi feita a partir da consulta a uma única fonte. Além disso, apenas 13% dos textos analisados apontaram algum grau de incerteza na atividade científica, e as discussões éticas apareceram em apenas cerca de 12% dos textos. A análise das notícias mostrou que a maior parte delas se dedicava a mostrar estudos científicos ou avanços tecnológicos específicos; apenas 15% promoveram discussões sobre ciência de forma mais ampla. Esse questão mostra a incapacidade dos jornalistas de enxergar as grandes questões da ciência para além das pesquisas pontuais noticiadas.
Capa do relatório que analisou 2.599 notícias publicadas em 2007 e 2008, em 62 jornais no país
“Há uma demanda por capacitação e qualificação, e ela atinge não só as próprias redações, mas também as fontes de informação, que são o outro lado da notícia", disse o secretário-executivo da Andi, Veet Vivartaao, ao defender um investimento maior na formação dos jornalistas. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) realizou uma enquete, em 2006, sobre a percepção pública da ciência. O resultado mostrou que uma percentagem importante do público tem interesse declarado pela ciência e pouca informação sobre a área. “Além disso, tanto os cientistas quanto os jornalistas contam com grande credibilidade junto ao público, o que reforça a responsabilidade de ambas as categorias ao noticiar temas ligados à ciência", disse o diretor do Departamento de Difusão da Ciência do MCT, Ildeu Moreira.
Fonte: cienciahoje.uol

2 de novembro de 2009

Lixo eletrônico não para de crescer

Objetos eletrônicos são hoje o tipo de resíduo sólido que mais cresce na maioria dos países, mesmo nos em desenvolvimento. Um dos grandes problemas de tal lixo está nas baterias, que contêm substâncias tóxicas e com grande potencial de agredir o ambiente. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, em artigo para a revista Science, criticam a falta de políticas públicas adequadas de reciclagem para estes resíduos.
O artigo, "The electronics revolution: from e-wonderland to e-wasteland", destaca que os impactos ambientais ocorrem não apenas na hora de descartar os equipamentos eletrônicos, mas durante todo o ciclo de vida dos produtos, desde a fabricação ou mesmo antes, com a mineração dos metais pesados usados nas baterias.

Grande parte do lixo eletrônico produzido no mundo é exportado para fora de seu país de origem. A maioria vai para países subdesenvolvidos, especialmente na África. Se trata de material perigosíssimo, que é desmontado ilicitamente, sem qualquer preocupação com o meio ambiente, em lixões e por pessoas carentes, muitas vezes, crianças. Essa prática é uma violência a saúde dessas pessoas, pois elas trabalham diretamente na desmontagem das peças e na separação do material descarregado, sem a utilização de qualquer equipamento de proteção.
“Isso cria riscos de toxicidade consideráveis em todo o mundo. Por exemplo, a concentração média de chumbo no sangue de crianças que vivem em Guiyu, na China, destino conhecido de lixo eletrônico, é de 15,2 microgramas por decilitro”, contam os pesquisadores. Os pesquisadores estimam que cada residência nos Estados Unidos guarde, em média, pelo menos quatro itens de lixo eletrônico pequenos (com 4,5 quilos ou menos) e entre dois e três itens grandes (com mais de 4,5 quilos). Isso representaria 747 milhões de itens, com peso superior a 1,36 milhão de toneladas.

O site lixoeletronico.org elaborou duas tabelas de legislação que comparam as principais leis e normas que regulamentam resíduos sólidos e lixo eletrônico no mundo e no Brasil. Se você notar a ausência de alguma lei, por favor, informe. Clique nas imagens para aumentá-las.

Na tabela abaixo encontramos marcos legislativos pioneiros que inspiraram outras legislações mundo afora, conduziram o rumo dos programas ambientais da indústria eletrônica e alavancaram a discussão do impacto social e ambiental dos eletro-eletrônicos

Algumas das leis e normas desta segunda tabela são importantes marcos na história de nosso país, outras ainda estão em projeto.

O artigo da revista Science aponta que, apesar do tamanho do problema, 67% da população no país não conhece as restrições e políticas voltadas para o descarte de lixo eletrônico. Além disso, segundo os autores, os Estados Unidos não contam com políticas públicas e fiscalização adequadas para a reciclagem e eliminação de substâncias danosas dos produtos eletrônicos É urgente, segundo os pesquisadores, que os governos coloquem em prática medidas urgentes para lidar com os equipamentos eletrônicos descartados. Eles também destacam a necessidade de se buscar alternativas para os componentes que causem menos impactos à saúde humana e ao ambiente. Fontes: Agência Fapesp e http://www.lixoeletronico.org/search/node/tabela

26 de outubro de 2009

Cobertura Especial direto do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico

Há resfriamento global e não aquecimento, diz pesquisador Boletim do último dia do 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico aponta também que debatedores consideram pouca a cobertura jornalística sobre ecólogos e equivocada com relação a políticas públicas em ciência e tecnologia. Alessandra Maia e Wedis Martins (enviados especiais)* Imprensa cobre pouco os ecólogos, dizem debatedores Os ecólogos também foram representados no 10º Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico. Hoje, último dia do evento (16/10), o presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco), Thomas Lewinsohn, discutiu o que considera como falta de reconhecimento deste profissional no campo científico e, conseqüentemente, por parte da imprensa. Segundo ele, “os jornalistas desqualificam os ecologistas deixando-os de fora das grandes discussões por estarem presos ao estereótipo do cientista”. Neste sentido, a presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico, Cilene Victor, concordou com o fato, ao dizer que nunca ouviu a palavra dos ecólogos na discussão sobre o aquecimento global “por conta de seu baixo prestígio na imprensa”. Em contrapartida, ela considera que biólogos e físicos, por exemplo, são mais cotados. “Eles fazem comentários do tipo: se nada for feito a Amazônia ela pode virar uma savana”, disse. Segundo Thomas, “os ecólogos são, sim, cientistas, só falta se organizarem mais como sociedade científica e a Abeco (http://www.abecol.org.br/) vem desenvolvendo esta missão”. E acrescentou: “os ecólogos têm que ser parceiros com as organizações de defesa do meio ambiente”.

Professor diz que eliminar emissão de CO2 irá atrapalhar o desenvolvimento humano De acordo com os debatedores do Congresso, o discurso hegemônico da imprensa agenda que o aquecimento global é causado apenas pelas ações do homem. Contrariando esta tese, Luiz Carlos Molion, professor de dinâmica de clima, da Universidade Federal de Alagoas (UFA), explicou que o homem não influencia o aquecimento e, sim, o sol e a lua, sendo que esta influencia na dinâmica das marés. E que, “ao invés de um aquecimento, vive-se um resfriamento global”. No entanto, a preservação ambiental é uma necessidade para a sobrevivência da espécie humana”, frisou. Segundo Molion, os modelos apresentados atualmente em relatórios de entidades como o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) não servem para nada. “Eles foram criados para prever o futuro, no entanto, quando estes modelos foram utilizados para recriar o clima do passado, houve divergências com relação ao que realmente ocorreu”, afirmou. Para o professor, qualquer tentativa de se eliminar a emissão de CO2 só irá atrapalhar o desenvolvimento humano e não contribuir para diminuir os impactos ambientais. “Eventos extremos sempre aconteceram e continuarão a acontecer, só que com conseqüências maiores, por conta do aumento populacional”, afirmou.

Pouca visibilidade das políticas públicas Segundo José Roberto Ferreira, representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a cobertura das políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação é feita de forma negligente pela imprensa. “Existe uma massa crítica que a imprensa não reproduz corretamente e isso é uma contradição, já que o país vive um avanço nesta área. De qualquer forma, há questões a serem melhoradas nestas políticas”, reconheceu. José Roberto acrescentou que “a ciência tem papel fundamental para que a sustentabilidade seja exercida de fato”. Por isso, para o cientista, se ela tem muito a ver com a economia de um país e com a sustentabilidade global, o investimento em políticas públicas e a divulgação coerente da imprensa são importantes. “E esta não está sendo cumprida”, disse. Segundo Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização e Difusão da Ciência e da Tecnologia (DEPDI), do Ministério da Ciência e da Tecnologia, a educação e a inovação são os dois principais itens para o desenvolvimento de políticas públicas no país. “Em uma sociedade democrática, a população tem que ter pleno acesso à divulgação científica para que, nas discussões, ela possa dar a sua opinião, tendo bases sólidas sobre os assuntos”, encerrou Ildeu. * Estão em Belo Horizonte onde também participam dos trabalhos científicos, apresentando pôster sobre a Agência Uerj de Notícias Científicas (AGENC) em nome da Faculdade de Comunicação Social da Uerj

5 de outubro de 2009

Chuveiros domésticos acumulam grande quantidade de bactéria

Os chuveiros domésticos oferecem um ambiente propício para a proliferação de micróbios potencialmente patogênicos, que podem ser inalados na forma de partículas suspensas. Essa constatação é da Universidade do Colorado (UC), em Boulder, nos Estados Unidos, que analisou cerca de 50 chuveiros de nove cidades em sete estados norte-americanos.
A pesquisa da instituição mostrou que cerca de 30% dos chuveiros analisados abrigava níveis consideráveis da bactéria Mycobacterium avium, ligada a doenças pulmonares. O patógeno contamina com mais frequência pessoas com sistemas imunológicos comprometidos e, eventualmente, pode infectar também pessoas saudáveis.

Chuveiros de metal abrigam menos bactérias

Segundo o professor da UC, Norman Pace, não é surpreendente encontrar patógenos emáguas da rede pública. "Mas os pesquisadores descobriram que algumas das bactérias seaglutinam, formando um “biofilme” viscoso que adere ao interior dos chuveiros, em uma concentração mais de 100 vezes maior que a encontrada na água encanada", disse.

“Quando a pessoa liga o chuveiro e recebe um jato de água, provavelmente está levando também uma carga particularmente elevada de M. avium, que pode não ser muito saudável”, explica Pace. Ainda, de acordo como professor, a água que jorra do chuveiro pode distribuir gotículas recheadas de patógenos que ficam suspensos no ar e podem ser facilmente inalados, penetrando nas partes mais profundas dos pulmões.
Pessoas com o sistema imunológico comprometido, como mulheres grávidas, idosos e aqueles que estão lutando contra outras doenças, são mais propensas a desenvolverem a doença pulmonar causada pela bactéria. Os sintomas são: cansaço, tosse seca persistente, falta de ar, fraqueza e sensação geral de mal-estar, entre outros.
Apesar dos resultados, Pace ressalta que provavelmente não é perigoso utilizar chuveiros para tomar banho, contanto que o sistema imune da pessoa não esteja comprometido de alguma maneira. "Como os chuveiros de plástico apresentam uma carga maior de patógenos, os chuveiros de metal podem ser uma boa alternativa", aconselha.
“Há lições a serem aprendidas aqui em termos de como controlar a água e lidar com ela. O monitoramento da água é muitas vezes arcaico. Já existem ferramentas para fazê-lo com mais precisão, de forma mais barata que a utilizada hoje em dia”, encerra o professor.

28 de setembro de 2009

Unicamp desenvolve combustível de avião mais limpo


A Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um novo processo para a produção de bioquerosene, combustível utilizado em aviões. Utilizando vários tipos de óleos vegetais, um dos maiores benefícios desse processo são os altos índices de pureza do produto final, tornado o combustível menos poluente. E, além disso, mais barato, já que é possivel utilizar praticamente qualquer tipo de óleo vegetal como matéria-prima.

“Além de ser feito a partir de óleos vegetais, outra vantagem ambiental desse combustível renovável é que, ao emitir dióxido de carbono no ar em altitudes elevadas, ele contribui para o crescimento das plantas no solo, que absorvem o dióxido de carbono e conseguem manter seu balanço energético”, explica Maciel Filho, um dos coordenadores do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (Bioen).

Não há registros de produtos semelhantes no mercado brasileiro ou internacional com um grau de pureza tão grande, cerca de 99,9%. “É exatamente esse alto nível de pureza que permite a utilização do biocombustível em altas altitudes”, diz Maciel. A obtenção de biocombustíveis para a aviação por propulsão a jato, um segmento importante nos transportes, está no âmbito do empenho mundial na redução da emissão de poluentes.

O custo final do bioquerosene é cerca de 30% mais barato que o querosene oriundo de fontes fósseis, devido, por exemplo, aos baixos custos de energia utilizada em seu processo de produção.

O bioquerosene já está dentro dos requisitos para combustível de aviação estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), e já há empresas interessadas em utilizá-lo, como a americana Continental Airlines.

21 de setembro de 2009

Ambientes com plantas possuem menos taxas de ozônio no ar

Um estudo de cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostra que as plantas podem ser um eficiente fator no corte dos níveis de ozônio em locais fechados. O ozônio é um gás incolor, responsável por parte da poluição atmosférica e que pode trazer uma série de complicações a saúde humana, como edemas pulmonares, hemorragia, inflamação e redução da capacidade pulmonar.

Este gás costuma ser liberado por conta do funcionamento de diversos tipos de impressoras, fotocopiadoras, luzes ultravioleta e por alguns sistemas de purificação do ar. Como as populações em países industrializados passam em média mais de 80% de seu tempo em ambientes fechados, tal poluição tem sido encarada como um importante problema para a saúde pública. Estudos apontam que o número de mortes por conta de problemas decorrentes da baixa qualidade do ar é 14 vezes maior em ambientes internos do que em externos.

A pesquisa da universidade é apenas uma das muitas que existem, na busca de tentar diminuir os efeitos desse gás na saúde humana. Porém, com a vantagem de ser mais econômica. Nela, os cientistas utilizaram pés de espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), clorofito (Chlorophytum comosum) e jiboia (Epipremnum aureum), que têm rica folhagem e são de fácil manutenção

Planta jiboia. Além de reduzir o nível do ozônio, ajuda a decorar o ambiente

 
Simulando um ambiente de escritório, eles averiguaram que o índice de redução do ozônio era maior nos ambientes que continham plantas do que nos que não continham. “Como a poluição do ar interno afeta grandemente os países, o uso de plantas como método de mitigação pode servir como uma alternativa eficiente e de baixo custo”, destacaram os cientistas. Não houve diferença significativa entre as taxas apresentadas pelas três espécies de plantas.

14 de setembro de 2009

Educação, cultura, ciência e tecnologia são as bases seguras para o desenvolvimento de um País

O Brasil produz cinco milhões de televisores por ano, e nenhum brasileiro projeta televisor. Como pode isso? Quem explica é Weber Figueiredo, vice-diretor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), durante palestra na II Semana de Produção Científica e Tecnológica da Faculdade de Engenharia da (Uerj). Segundo ele, o miolo da TV, do celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado. Somos meros montadores de kits. 

Para entender melhor como isso funciona, saber qual a diferença entre um pais gerar dinheiro e gerar riqueza, e saber como o Brasil pode avançar no seu desenvolvimento tecnológico, leia na integrada a palestra do vice-diretor.

"Educar o povo de verdade, financiar vigorosamente a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, estancar a sangria que suga nossos recursos para o exterior e estimular a produção de riquezas sob o controle dos brasileiros são decisões políticas que caberiam a governos preocupados com as próximas gerações e não apenas com as próximas eleições", Weber.


7 de setembro de 2009

CNPQ incentiva estudantes a serem pesquisadores, explicou o Ministro da Ciencia e Tecnologia em entrevista ao Show Business

O orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia aprovado para este ano é de cinco milhões de reais (tirando os custos com o pessoal). Esse valor é usado, como explicou o Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, na demanda do Ministério em agricultura, biotecnologia, assuntos aeroespaciais, petróleo etc. É um valor baixo, segundo ele, mas que recebe ajuda de recursos vindos de outras fontes. Investimentos em petróleo e gás, por exemplo, tem grande parte dos recursos vindos da Petrobras, assim como a agricultura recebe verba da Embrapa.

Pesquisas com embriões (Foto: maurício Lima/AFP)
Na entrevista ao programa Show Business, exibido pela Band, no último dia cinco, o ministro explicou também que o ambiente universitário de pesquisa em ciência e tecnologia no Brasil é recente. Diferente de países como os Estados, que começaram a receber investimentos nas universidades já na década de 50, o Brasil começou isso em meados dos anos 60. E a relação entre as universidades no Brasil com a industria é algo pequeno ainda, comparado a países como os Estados e países da Europa.

Sérgio falou também da vontade dos jovens brasileiros em se tornarem pesquisadores. Essa tendência vem, segundo ele, crescendo. “Instituições como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e outras estaduais, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), são grandes instrumentos de incentivo aos jovens pela pesquisa”, contou. Essas instituições oferecem bolsas de iniciação científica para os estudantes ainda na graduação. Este número não para de subir, disse o ministro. “Em 2008 formamos 11 mil doutores e 40 mil mestres. É um número que cresceu muito nos últimos anos, mas é insuficiente frente ao número de outros países”, argumentou.

O jovem que se forma em pesquisa não precisa necessariamente dar aulas. Ele pode ser pesquisador em empresas ou ser um empreendedor. As incubadoras das empresas são um excelente local para que eles apliquem suas idéias. No ramo empreendedor, existem casos mundiais de sucesso, como o da empresa HP, que começou com a união de idéias de dois jovens pesquisadores, até que se tornou uma grande marca.

31 de agosto de 2009

Pesquisa mostra que Brasileiros não sabem a diferença entre light e diet

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto mostrou que a maioria dos pacientes com diabetes mellitus, tipo 2, desconhece a diferença entre produtos diet e light

 Apesar de os consumirem com frequência. Isto é algo preocupante perante a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que as pessoas esta doença devem variar a ingestão de produtos light e diet.

Esse rodízio é importante para que não haja acúmulo de uma determinada substância no organismo como, por exemplo, açúcar, gordura e sódio. De acordo com o estudo, essa população não têm o hábito de leitura do rótulo dos produtos e, ainda, não se preocupa com a quantidade utilizada.

Esse conjunto de desinformações, segundo a nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, responsável pela pesquisa, pode trazer prejuízos para a saúde. “As pessoas com diabetes precisam restringir o uso de açúcar. O uso consciente e adequado destes produtos pode facilitar a adesão ao tratamento e, conseqüentemente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes, suprindo o desejo pelo sabor doce, sem alterar a glicemia”, avalia.

Diferença entre Light e Diet

Light: designa alimentos que possuem baixos teores ou teores reduzidos de calorias, açúcares, gorduras totais, colesterol, sódio, etc. Nesses alimentos estes nutrientes não são eliminados como no caso dos alimentos Diet, pois não são produzidos com a finalidade de atender as necessidades de dietas dietoterápicas.

Para que um alimento seja considerado Light, pelo menos 25% das calorias e nutrientes envolvidos devem ser reduzidos.

Os alimentos Light são os produtos mais indicados para dietas de emagrecimento ou de manutenção do peso.

Os alimentos Diet são destinados às pessoas que possuem alguma patologia (diabetes, hipertensão, etc) e necessitam de dietas específicas, embora saibamos que pessoas saudáveis também têm utilizado esses alimentos com frequência. Nesses alimentos a presença de certos nutrientes deve ser eliminada. Assim, o termo Diet pode ser utilizado para alimentos:

• Que não possuem açúcares (carboidratos).
• Que não possuem proteínas.
• Que não possuem gorduras.
• Que não possuem sódio (sal), etc.

Assim, um alimento Diet não é, necessariamente, sinônimo de alimento sem açúcar e destinado apenas aos diabéticos, podendo ser específico para pessoas com problemas cardiovasculares (restrição de gorduras), para pessoas hipertensas (restrição de sódio), etc.

24 de agosto de 2009

Em dez anos, número de transplantes realizados no Brasil dobrou

O último relatório divulgado pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), mostrou que o número de transplantes realizados anualmente no país mais do que dobrou em dez anos. Em 2008 foram feitos 5.373 procedimentos, contra 2.362 realizados em 1998. 

Ao todo, foram feitos em dez anos 45.955 transplantes de órgãos no país. Apesar do avanço, o Brasil está longe de atender a todos os que precisam de um novo órgão. A cada ano, a lista de espera aumenta. São quase 69 mil pessoas na fila. Segundo o cirurgião Ben-Hur Ferraz Neto, vice-presidente da ABTO, o aumento da fila ocorre justamente porque a cada ano os transplantes ficam mais desenvolvidos.

Rafael Paim Cunha Santos, presidente da ONG Adote do Rio, diz que o incentivo à doação é um dos pontos que o Brasil precisa melhorar. "A média de doadores por milhão chega a ser cinco vezes maior em um país como a Espanha. Há muito espaço para melhorar", explica. Entre os problemas atuais, ele destaca a subnotificação dos casos de morte encefálica e a ausência de neurologistas nos hospitais.

Em 2008, a taxa de doações, segundo a ABTO, cresceu 15%. O número de doadores por milhão de habitantes chegou a 7,2. A meta, para este ano, é elevar o índice para 8,5. 

Segundo a ABTO, enquanto no Piauí há 0,3 doador por milhão de habitantes, em Santa Catarina o índice chega a 16,7. É a primeira vez em que um Estado consegue superar o índice de 15 doadores por milhão. 

A maioria dos transplantes realizados no país é de rim. Foram 3.780 em 2008, um recorde. Há, porém, cerca de 34 mil à espera de um rim hoje. Os transplantes de córnea também ultrapassaram a marca de 2.000 (mas são hoje 26 mil pessoas na fila). 

No final do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou um pacote para aumentar ainda mais o número de transplantes e aperfeiçoar o sistema no país. O cadastro de pacientes pela internet e o acompanhamento do andamento da fila pela rede foram algumas das medidas divulgadas.

17 de agosto de 2009

Descoberto caminho que a maconha faz para causar perda memória

Há muito tempo sabe-se que o uso da maconha causa a perda de memória. Porém, o que os cientistas não haviam descobertos ainda era qual o caminha molecular que a droga fazia para causar este problema. Agora, um estudo publicado na revista “Nature Neuroscience", revela que pesquisadores da universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, identificaram este percurso bioquímico. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de drogas com a capacidade analgésica da maconha, porém sem seus efeitos colaterais
Folha da maconha. Nome Ciêntífico: Cannabis Sativa
Segundo Rafael Maldonado e Andrés Ozaita, o THC, principal componente psicoativo da maconha, age sobre receptores cannabinóides chamados CB1, que se encontram em vários lugares do cérebro, mas aparecem concentrados em duas zonas do hipocampo. Os pesquisadores injetaram, em dois grupos de ratos geneticamente modificados, uma dose de THC equivalente a um consumo importante de maconha por seres humanos. Um dos grupos reagiu de forma habitual (sob o efeito da maconha) diante de testes de memória, mas o outro grupo, sem a concentração de CB1 nos neurônios GABAérgicos, não foi afetado pela droga.

3 de agosto de 2009

A pressa é inimiga da perfeição, e da saúde também

Se você está sempre tenso, se aborrece fácil, dirige e come muito rápido, é hostil, impaciente, tem o sono agitado e passos exageradamente rápidos, você pode estar com mais um dos males que a modernidade nos apresenta: a síndrome da pressa. Segundo especialistas, este problema atinge pelo menos 30% dos brasileiros.
pessoas atravessando a rua com pressa

Além de complicações comportamentais, a síndrome pode desencadear doenças como depressão, pânico, hipertensão e distúrbios gástricos e intestinais. "A síndrome da pressa é um problema psicológico e comportamental. Ela pode desencadear em doenças associadas, se não for tratada devidamente. A síndrome não tem uma faixa etária específica de incidência, porém, geralmente atinge pessoas mais jovens que dispõem de energia para se ocupar de inúmeras funções", explica a psicóloga Tânia Coe.

Por ser um mal relativamente recente, não existe um tratamento específico para os sintomas. Os médicos aconselham que a pessoa mude o seu ritimo de vida. Dormir bem e se alimentar de forma saudável, por exemplo, são imprescindíveis para uma boa saúde.

20 de julho de 2009

América Latina é a região com maior consciência ecológica do mundo

Ao contrario do que muita gente pensa, os maiores índices de felicidade e de eficiência ecológica não estão nos países desenvolvidos. Segundo constatação do “Relatório Planeta Feliz", elaborado pela organização The New Economics Foundation, os países latino-americanos são que tem a população mais feliz e com maior consciência ecológica do mundo. Dos 143 países pesquisados, que representam 99% da população mundial, oito países latino-americanos estão entre os 10 primeiros do ranking.
O índice utiliza três critérios para realizar a classificação: a expectativa de vida, a satisfação dos cidadãos de cada país e sua "pegada ecológica". Nas últimas quatro décadas, os dois primeiros quesitos melhoraram em 15%, mas, em contra partida, o volume de carbono que cada habitante do planeta emite aumentou 72%.

Levando esses critérios em consideração, os países que lideram o ranking são: Costa Rica, seus cidadãos expressam um índice de satisfação vital de 8,5 pontos sobre 10, têm a segunda taxa de expectativa de vida mais alta do mundo, depois do Canadá, com 78,5 anos, e estão muito perto de alcançar o equilíbrio entre o que consomem e os recursos naturais. Além disso, 99% da energia produzida no país vem de fontes renováveis. Logo depois vem a República Dominicana e, entre as dez mais ainda estão presentes, a Guatemala, Colômbia, Cuba, El Salvador, Brasil e Honduras

Os países latino-americanos e os do sudeste asiático são os que consomem mais moderadamente, enquanto os mais desenvolvidos, que costumam ser considerados exemplos de bem-estar econômico ficaram abaixo do posto 40. A Holanda, por exemplo, está na 43ª posição, a Alemanha 51ª, Itália 69ª, França 71ª, Reino Unido 74ª, Japão 75ª, Espanha 76ª, Canadá 89ª, Rússia 108ª e Estados Unidos 114ª.

Este índice, explica Nic Marcs, membro do "New Economics Foundation”, deve servir como "um guia de eficiência" para mudar o conceito dos países poderosos sobre o que realmente é melhorar às condições de vida dos cidadãos e sobre as consequências das mudanças climáticas, derivadas de um "modelo econômico insustentável".

Membros da "New Economics Foundation” disseram ainda que, os governantes dos países mais ricos devem deixar de vincular a felicidade com os números econômicos, sem levar em conta o custo ambiental. Além disso, "devem concentrar-se no que importa: o bem-estar, em uma vida longa, feliz e que faça sentido".

13 de julho de 2009

Astrônomos dizem que asteróide pode se chocar com a Terra em 2014

Acredita-se que a extinção dos dinossauros foi provocada por um choque de um meteorito com a Terra, há 65 milhões de anos. Por isso, os cientistas estão sempre de olho em objetos em volta dela, e que possam oferecer algum risco ao nosso planeta. Mais uma vez, os astrônomos nos alertam para o risco de colisão de um objetos desses com a Terra. Agora, astrônomos da agência britânica, responsável pelo monitoramento de objetos potencialmente perigosos para o planeta, descobriram um asteróide, de pouco mais de um quilômetro, vindo em direção ao nosso planeta. Segundo eles, o asteróide, se aproxima daqui com uma velocidade de 32 km/s, o equivalente a 115 mil km/h.

A previsão é de que o “2003 QQ47”, que tem um décimo da massa do meteorito que pode ter levado à morte dos dinossauros, chegue à Terra em 21 de março de 2014. O objeto foi avistado pela primeira vez no Novo México (EUA) e estará sendo monitorado de perto pelas agências espaciais do hemisfério norte nos próximos dois meses. Os astrônomos dizem que não é motivo para pânico, já que a chance de uma colisão catastrófica com o nosso planeta é de apenas uma em 250 mil. Um porta-voz do Centro de Informação sobre Objetos Próximos à Terra, no Reino Unido, disse que o impacto de corpos celestes assim, que são pedaços de pedras que restaram após a formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos, seria equivalente à explosão de 20 milhões de bombas atômicas semelhantes às lançadas pelos Estados Unidos contra Hiroshima, há quase 60 anos. A maioria desses objetos está a uma distância segura da Terra. Eles orbitam o Sol em uma espécie de cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. O que acontece, é que pela influência gravitacional de planetas gigantes como Júpiter, esses objetos podem ser arrancados de suas órbitas originais e lançados no espaço, trazendo risco de colisão com os planetas.

6 de julho de 2009

Mais da metade da população brasileira dorme mal

Os brasileiros dormem mal. Esta é a conclusão que os resultados preliminares do maior estudo já realizada sobre o sono no Brasil revelam. Os dados da pesquisa, desenvolvida pela Sociedade Brasileira do Sono e pela Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica, mostram que 53,9%, dos 43 mil entrevistados em várias capitais do País, sofrem com problemas na hora de dormir.

A insônia, e outros distúrbios que afetam o sono, como sonambulismo, apnéia (para da respiração) e síndrome das pernas inquietas, trazem uma série de complicações a vida das pessoas. Uma noite mal dormida leva à falta ao trabalho e à escola, causa queda no rendimento e irritação. Além, da causa de estresse, o que aumenta o risco de doenças cardíacas e psiquiátricas. Segunda a pesquisa, 43% dos entrevistados apresentam sinais de cansaço no decorrer do dia.

Como explica o neurologista e psiquiatra Marcelo Michel Hanna, no site omaispositivo, há muito o que estudar ainda sobre os problemas do sono. “Os serviços especializados no tratamento desses distúrbios têm pouco mais de dez anos”, diz. O resultado final da pesquisa irá trazer mais detalhes sobre o sono do brasileiro, contribuindo para que avanços aconteçam no tratamento desses problemas.

1 de julho de 2009

Extinção em alto mar no Brasil

O ecossistema marinho é um dos que mais sofrem com danos ambientais

Agora, o problema está relacionado com os tubarões. É o que mostra o estudo do Grupo de Especialistas em Tubarões da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), com escritórios em mais de 45 países. De acordo com a pesquisa do Grupo, os mares podem sofrer com mais um desequilíbrio ambiental, dessa vez causada pela extinção de espécies de tubarão.


Segundo o Grupo, que possui cerca de 10,000 cientistas voluntários ao redor do mundo, um terço das 64 espécies de tubarões existentes irá desaparecer. O motivo? A pesca predatória.

Os cientistas são enfáticos quando dizem que a extinção de espécies de tubarões pode causar uma verdadeira tragédia ambiental. Já que esses animais estão no topo da cadeia alimentar, sendo essenciais ao equilíbrio dos ecossistemas marinhos.

Segundo Sonjan Fordhan, vice presidente do Grupo de Especialistas em Tubarões da UICN e diretora de política da aliança pelo tubarão, o maior predador dos mares é vulneravil a pesca de barcos em alto mar e, por isso, corre um sério perigo de extinção.