30 de novembro de 2009

Esperança no tratamento de Alzheimer

O Alzheimer é a principal causa de demencia em pessoas com mais de 60 anos. A doença atinge 20 milhoes de pessoas no mundo, destes, cerca de um milhão são brasileiros. Inicialmente a pessoa sofre esquecendo informações recentes. Transmitir um simples recado se torna uma tarefa muito difícil. Com o tempo, esses pequenos lapsos de memória, que podem passar desapercebidos, se agravam. Chegando ao ponto da pessoa esquecer o caminho da própria casa.

Em um período que leva em média dez anos, a pessoa esquece nomes e datas, antes familiares. Passa a sofrer com depressãoe agressividade. Até que o problema destrói várias partes do cérebro, levando à morte.

Para tentar entender melhor quais são os mecanismos que levam ao desenvolvimento do Alzheimer, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vem realizando, já há cinco anos, uma série de estudos. Uma das hipóteses levantadas pelos ciêntistas é de que a doença seria um tipo de Diabetes, o tipo 3, que afetaria somente o cérebro. Esta hipótese surgiu quando eles introduziram Insulina (combinada com Resiglitazona) no tratamento da doença, e obervaram que o hormônio auxilia na obtenção de energia para o funcionamento do cérebo. Além de desempenhar um papel importante também na formação da memória.

Tabela com os sintomas da doença
"Atualmente, esses pacientes contam com apenas dois tipos de medicamentos - os inibidores de acetilcolinerastase e a memantina - para tratamento. Mas nenhum dos dois ofecere resultados efetivos. Com a nossa pesquisa, abre-se uma grande porta para o desenvolvimentos de novos medicamentos, com possibilidade de alterar o curso da doença. As perspectivas são bastante promissoras", explica a bióloga e neurocientista, Fernanda de Felice.
O processo de aprendizagem de uma pessoa depende da formação de novas sinapses, isto é, da comunicação entre os neurônios. A perda de memória e outras funções cognitivas nos pacientes com Alzheimer está relecionada à deficiência de diversos neurotransmissores, moléculas que atuam na condução dos estímulos nervosos transmitidos de um neurônio para outro, e de receptores neuronais ( NMDA e o AMPA). O que os cientistas virificaram é que a Insulina ajuda a bloquear a perda desses receptores.
A doutora Farnanda ressalta porém, que os doentes de Alzheimer não devem recorrer já à Insulina como medicamento, já que é preciso fazer mais testes para provar a eficácia dele.
A também pesquisadora da UFRJ, Andréa Deslantes, explica que entre os fatores não medicamentosos apontados pela literatura que podem contribuir para a prevenção da doença, estão uma alimentação balanceada aliada à prática de exercícios regulares e ao controle do estresse. "Além disso, os idosos devem manter atividades que estimulam a mente, como ler, aprender um isntrumento, fazer palavras cruzadas, um curso de informática e mantar sempre o convívio social", Conclui Andréa.
Revista Rio Pesquisa nº8 (Faperj) www.folhadafamilia.com