3 de junho de 2011

Catalisador alternativo na produção de biodiesel

Um modelo de catalisador tecnologicamente mais limpo para a produção do biodisel promete ser uma iniciativa promissora para o desenvolvimento sustentável. A proposta é da pesquisadora da Uerj, Erica Vanessa Albuquerque de Oliveira.


Girassol - Existem muitas espécies vegetais no Brasil que podem ser usadas na produção do biodiesel, como o óleo de girassol, de amendoim, de mamona, de soja, entre outros. (Foto: Samurai - Flickr)

Atualmente, o meio mais utilizado nas indústrias para a produção do diesel é o processo de transesterificação, no qual os óleos ou as gorduras reagem com o metanol, em presença de um catalisador básico (hidróxido de sódio ou potássio), formando um alquil éster, nomeadamente o biodiesel.


Diagrama de produção de biodiesel
 
A pesquisa de Erica surgiu a partir das desvantagens desse processo: “o método convencional utiliza catalisadores homogêneos como hidróxidos de sódio e potássio ou ácido sulfúrico, mas há dificuldade na remoção destes catalisadores e é necessária grande quantidade de água para a lavagem do produto”, disse à Agenc, em abril.

Como alternativa para esta situação, ela defende o emprego de resinas de troca iônica no processo de transesterificação. "Essas resinas têm vantagens como: serem removidas do meio reacional por filtração simples, poderem ser recuperadas e reutilizadas, diminuírem o número de lavagens do produto e cooperarem na obtenção de uma glicerina pura ao final do processo, com aspecto límpido e incolor", explicou.

O que é o biodisel?
Combustível renovável derivado de óleos vegetais, como girassol, mamona, soja, babaçu e demais oleaginosas, ou de gorduras animais, usado em motores a diesel, em qualquer concentração de mistura com o diesel. Produzido através de um processo químico que remove a glicerina do óleo. 

Fonte: Agência Uerj de Notícias (Agenc) e www.biodieselbr.com