8 de maio de 2011

Um trator que também é caminhão

As funções básicas de um trator são: arar a terra, tracionar cargas e auxiliar no cultivo. Mas, se depender de pesquisadores do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Minas Gerais, vem mais coisa por ai. Eles estão desenvolvendo um veículo misto, que reúne as funções de trator e caminhão em um só equipamento. Ou seja, além das funções que citei, o veículo irá transportar pessoas e mercadorias. "A proposta é fazer um veículo que seja utilizado em fazenda para atividades típicas de trator e possa andar em estradas, sem atrapalhar o trânsito como um trator, que anda a 6km/h”, explicou o coordenador da pesquisa, Ramon Molina, à revista Minas Faz Ciência (42º edição). Segundo ele, já existem veículos assim em outros países, mas não são utilizados com essa finalidade e são muito caros.
Protótipo do veículo misto
Na aparência, o veículo misto em desenvolvimento lembra um trator. Na cabine, há espaço apenas para o motorista. Quando usado na estrada, pessoas e mercadorias podem ser transportadas na parte traseira. Sua velocidade não ultrapassa os 6 km/h e, quando caminhão, atinge 70 km/h. De acordo com o professor Ramon, a proposta é que o veículo atenda a pequenos e médios fazendeiros, oferecendo a opção de dois veículos em um, já que nem todos conseguem manter um trator e um veículo de estrada ao mesmo tempo. “Uma família sem muitos recursos teria só o trator, mas, com o veículo misto, o fazendeiro poderia comercializar os produtos na cidade, transportando a mercadoria ou até mesmo passear com a família nos fins de semana”, disse. O mais interessante é a preocupação de que o produto chegue ao mercado com custo razoável, exatamente para que seja acessível a esse público. Contudo, o valor aproximado do veículo só será possível estimar após a realização de mais testes. Enquanto isso, o grupo deixa o protótipo ser usado por alguma fazendo e o apresenta em exposições de inovação tecnológica. Assim, eles podem observar seu desempenho no dia-a-dia e expô-lo ao público para que surjam interessados em projetá-lo e construí-lo em série.
Fonte: revista “Minas Faz Ciência”, edição 42

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