As micotoxinas são
substâncias naturais produzidas por determinados fungos que infectam os grãos e
seus subprodutos, especialmente cereais, durante seu crescimento no campo ou na
fase de armazenamento.
A ingestão de
alimentos contaminados com micotoxinas pode provocar intoxicação alimentar, com
vômito e diarréia, até estágios iniciais de câncer. Nos animais, além de
complicações no sistema gastrointestinal, também são registradas alterações
mutagênicas, como deformidades nos descendentes em aves e suínos,
principalmente.
Micotoxinas são
quimicamente estáveis, tendendo a se manter intactas durante o armazenamento e
o processamento, incluindo-se a panificação sob altas temperaturas. De acordo
com a pesquisadora da Embrapa Trigo (Passo Fundo/RS), Casiane Salete Tibola, a fabricação
de alimentos, como cozinhar ou assar, não elimina as micotoxinas. O problema
pode estar presente no pacote de macarrão ou na barra de cereal, por exemplo.
Uma das culturas que sofrem frequentemente com o problema é o trigo, onde as micotoxinas são provenientes, principalmente, de uma doença fúngica chamada giberela. Para evitar a contaminação e cumprir as novas determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que reduzem gradativamente até 2016 os limites de tolerância da presença de micotoxinas nos cereais destinados à alimentação infantil, é preciso que tanto o produtor, quanto a indústria e consumidor conheçam melhor o problema e adotem algumas estratégias.
Casiane destaca a importância
de escolher cultivares resistentes e utilizar programas de monitoramento das
condições climáticas. Após a colheita, deve-se realizar a secagem o mais rápido
possível, fazer a aeração dos grãos, descartando os de menor peso, que
provavelmente estão contaminados, bem como fazer o controle dos insetos que
danificam a plantação e facilitam a proliferação dos fungos.
Fonte: http://hotsites.sct.embrapa.br/prosarural/programacao/2012/estrategias-de-manejo-para-controle-de-micotoxinas-em-trigo
Nenhum comentário:
Postar um comentário